quinta-feira, 27 de março de 2008

onde vais?

Irritas-me! Queres sair de dentro de mim, disparado, fulminante e sem olhar para trás. Queres romper-me a pele e não ser apanhado; perder-te por aí, não seres visto e acabares enrodilhado no pó da estrada... até talvez morreres de tristeza e pânico. Na cama, sinto o teu ritmo furando o colchão, outra vez a querer sair. Não me deixas dormir nem permites que esteja em paz. Pareces poder rebentar a qualquer minuto. Pareces uma bala perdida desesperada por chegar a alguém. És frágil mas bates como uma bomba. Assustas-me. Estás triste? Ansioso? Deves alguma coisa a alguém? Onde queres ir e porque bates assim? És só um órgão feito de pele, músculos e artérias. És massa. Não devias bater tão forte. Nem doer tanto.

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