Quando se chega ao fim da pior segunda-feira dos últimos tempos - transportando para casa a mais inesperada neura dos últimos meses e os olhos meio vesgos pelas lágrimas que uma música bem deprimente ajudou a puxar – quando o cenário de miséria é este e o telemóvel toca para alguém* do lado de lá me pedir que guarde aquele número para tudo o que eu precisar e para me dizer que estará sempre disponível para mim… a isso chama-se, talvez... um enorme sentido de oportunidade.
*Ok, era só um empregado bem mandado pela da minha companhia de seguros a informar que abriu uma nova agência com horários alargados que, acha ele, me vão dar imenso jeito e que vão tornar a minha vida maravilhosa e bla bla bla. Mas pelo sim, pelo não – e pela convicção com que se apresentou ao serviço – gravei o número do José António. Que isto nunca se sabe quando a neura bate à porta e não há nenhum amigo com quem brincar.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Obrigada, Zé Tó
quarta-feira, 8 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Pensamento de ontem à noite*
Vamo-nos aproximando dos 30 e a vida dos que ainda não casaram nem têm filhos começa a assemelhar-se ao jogo das cadeiras dos tempos de infância. Senão recordemos:
- parecemos todos uns tontos a andar à roda e rodamos todos no mesmo sentido;
- entramos mesmo em pânico se não temos cadeira à frente; aceleramos ou retardamos o passo consoante passamos em “zona segura” ou em “buracos”; só descansamos quando já temos as nalgas esmagadas em superfície firme;
- há um certo sentimento de humilhação se pára a música e, chegado o momento da verdade, percebemos que todos conseguiram cadeira menos nós.
E se esta metáfora não é assustadora, é no mínimo um bocado angustiante. Ou então é só legítima e pronto.
* mulheres, sushi, vinho, histórias e divagações.
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