Acordar com o cheiro a Verão brusco a entranhar-se na mente. O arrepio das manhãs de luz - que sucederam as noites abafadas e antecederão mais um entardecer de cerveja e sol. Trazer a praia à memória, e a sua areia colada aos tornezelos e o seu sal pespegado nas pálpebras, nas pestanas, manchado na roupa, espalhado no corpo. A sensação da Lisboa vazia com uma ponte a encher. E o chinelo no pé, no carro, rumo a.
A quaquer lado.
Lembrar os festivais de verão, frenéticos e peganhentos, e o marisco, as sardinhas, as sandes de pão bimbo e a fruta. As tendas que se abrem em dois segundos e levam duas horas a fechar.
A liberdade.
Ter o desejo de saltar da cama de vestido ajustado ao espírito (esvoaçante) e procurar a água fria, os colares, o sabor a coco dos cremes protectores. O cheiro da madeira quente dos despertares espontâneos e morenos, essa madeira estaladiça, o cabelo despenteado e seco, os pássaros a desafiarem a sair, a luz a luz a luz.
Acordar assim - aconteceu agora - sacudir o corpo e levar as sensações na alma. Sair em busca do mais parecido com o pão com queijo e a meia de leite lá do café da esquina, da outra cidade, do outro país. Depois inventar outras sensações e metê-las no mesmo vestido. Esvoaçante.
sábado, 24 de abril de 2010
serão saudades. verão, saudades.
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