terça-feira, 19 de agosto de 2008

E uma vez já não era vez


"Lembras-te de quando apertávamos as mãos um do outro só para dizer “gosto de ti” sem ter de abrir a boca? Às vezes era o suficiente, mas tu querias que eu verbalizasse mais. Não mo dizias, no entanto eu sabia. E eu própria queria dizer mais vezes, ou talvez sentir mais vezes. E às vezes saía, outras vezes não. Até que um dia já eram menos as vezes em que não do que as vezes em que sim. E então, deixámos de correr na mesma direcção e de pisar as mesmas pedras de calçada."

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