Geralmente dói comprar um bilhete de avião porque é caro. De uma outra perspectiva, pode ser difícil porque não se atina com os números de cartão de crédito ou porque a sessão está sempre a expirar de cada vez que dá um ok. Do ponto de vista mais antropológico, comprar uma viagem pode representar uma mudança de vida ou de atitude, uma fuga, um abandono, vá, e então custa como o raio.
Mas a mim aconteceu-me ficar num impasse, não na hora de pagar mas antes no momento de escolher, imagine-se, a refeição a bordo. Kosher Meal ou Hindu Meal? Bland Meal ou Medical Meal? Low Sodium ou Low Fat? Asian Vegetarian ou Vegetarian Jain? - para enumerar apenas algumas. Ponto de interrogação gigante em cima da cabeça e, honestamente, uma ou outra consulta ao google para perceber algumas das iguarias. Se escolher pobre em calorias, talvez me entupam de sódio. Se comer judeu, pode ser que me caia um hindu em cima. Se decidir cuidar da úlcera, lá vai a hipoglicémia com o caneco. Só vegetarianos, há uns cinco diferentes e de distintos pontos do globo. E a comida sem glúten é capaz de ser coisa para não ter muita graça.
Ponderadas as inúmeras possibilidades e indo por exclusão de partes, ainda bem que existe o menu de crianças que, na pior das hipóteses, trará um par de douradinhos e um puré de batata para 22 horas de trânsito - maravilha. Só por descargo de consciência, levarei Bolicaos na mochila... e que ninguém se atreva a ficar com eles no raio x.
(Isto para dizer que para o mês que vem vou ali à ásia e depois volto. O que dá quatro douradinhos.)
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
"welcome to qatar airways"
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