segunda-feira, 28 de julho de 2008

20 pics!

Faz de conta que os tópicos que se seguem são fotografias do fim de semana que passei em Sines e arredores, a pretexto do Festival de Músicas do Mundo 2008.

1) a praia semi-deserta que heróicamente descobrimos, após várias incursões desnorteadas e mapas precários - fica lá para os lados de Sto André mas não revelo nomes; os banhos intermináveis e toda a paz do mundo nos corpos flutuantes sob as ondulações ainda intactas; as sestas, as cores, as conversas; as sandes de presunto estranho; a fruta...
2) o concerto dos The Dizu Plaatjies Ibuyambo Ensemble – os xaca zulu do mundo sairam às ruas de Sines e deram o pontapé de saída para uma noite mágica;
3) o porto de Sines com a luz do cair do dia e a multidão a aproximar-se, ecléctica;
4) os caracóis e as (muitas) cervejas bebidas (este festival ainda não sofre de inflacção aguda); a espera interminável na Tasca do Carlitos por um jantar que se previa ser feijoadinha de choco mas que acabou em 15 cm de uma pizza congelada e aquecida (não muito) num famigerado micro-ondas;
5) o concerto arrebatador da maliana Rokia Traoré, a mulher zebra - simplesmente brutal;
6) as veggie pitas e os pita burguers servidos pelo Mário;
7) as gargalhadas;
8) as danças despreconceituosas dos hippies, dos freaks, dos betinhos, dos velhos do Alentejo e das crianças de todo o mundo;
9) "personagens" várias a cada dois metros de deambulação;
10) o percurso de subida/descida do e para o castelo – contaminado por bancas de artesanato de se perder fortemente a cabeça (e só não perder o dinheiro porque o multibanco também já não tinha);
11) o percurso de volta até ao carro, no auge da euforia, da multidão e também dos estados ébrios, por entre gauffres gordurosos, pães com chouriço, calças indianas e carrinhos de bebé;
12)
as gargalhadas outra vez;
13)
uma das várias paragens em plena via rápida, para alívio das dores e indisposições várias transportadas, num percurso que devia tardar não mais do que quinze minutos mas pareceu (e foi?) uma eternidade;
14)
a montagem das tendas mais rápidas e eficazes da história, mas mesmo assim com direito a enrolamentos e tropeções vários, proporcionando performances consideravelmente desengonçadas e consequentemente cómicas;
15)
de novo as gargalhadas;
16) o amanhecer na praia ao som das ondas que pareciam cascas de ovos a quebrarem antes de embaterem na areia;
17) o pescador náufrago de cabelo comprido à beira-mar e o sapato negro abandonado;
18)
os "locals", em especial a velhinha de muletas e boné da Junta de Freguesia que à beirinha da via-rápida revela estar a caminho da festa, sim, mas a da Nossa Senhora de Livramento (um grande bem haja a esta senhora encantadora e o desejo de que tenha chegado aos festejos sã e salva);
19)
vários freaks em pose desordenada, para uma sessão intensa de “Descubra as Diferenças” com os amigos;
20)
o pôr do sol no regresso à capital, ao som das músicas mais vibrantes do mundo e da nostalgia mais antecipada de sempre. Estes fins-de-semana fazem mal à saúde...

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