segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Dlim dlão...

Dlim dlão (segunda vez)!
- Sim...?
- É a Polícia.
Puxo a alavanca vintage para abrir a porta e fico à espera, impaciente e com a toalha enrolada na cabeça (pronto, lá vêm estes chatear logo de manhã, já vou chegar atrasada... e vão querer saber quem é que esteve no prédio no fim-de-semana e o que a aconteceu às obras e o que é que eu acho do vizinho de baixo e bla bla bla; só pode ser isso, não roubei nada, não matei ninguém e que eu se saiba ainda não se é preso de manhã por falta de documentos).
- Bom dia, minha senhora.
- Sim...? – sem ver ninguém; o senhor não sobe. Diga, diga...
- A senhora tem o seu carro estacionado ali no parque da Embaixada, é um Citroen assim assado, e com isto e com aquilo e bla bla bla?
- Erg... Sim, tenho (e a pensar na carta de condução que não tenho, no BI que ainda não actualizei)...
- Então o melhor é ir lá tirá-lo já senão vamos ter de rebocá-lo. Bom dia e obrigado.
E nesse instante passam-me pela cabeça todos os euros deitados fora no último episódio destes – os da multa, os do reboque, os do parque para onde foi rebocado, a gasolina para lá chegar, o suborno de uma amiga para vir lá comigo às onze da noite... E mais dizem que foi bonito de se ver, com brigada de Minas e Armadilhas e tudo a que tem direito. Tiro a toalha da cabeça e vou a voar. Penso em como é que esta gente saberá que sou eu a dona do Citroen bla bla bla e que moro no 2º direito do número 6. Mas mais do que tudo, penso noutra questão relevante: estes senhores simpáticos de hoje não podiam ter tido a mesma “atençãozinha” da outra vez, já que sabiam do meu paradeiro?? Poupavam a maçada às Minas e Armadilhas... e o meu bolso tinha agradecido loucamente. Ainda assim, avé senhor guarda, obrigada por me salvar a pele desta vez. Adeus e até à próxima que, ou muito me engano ou até nem tardará ssim tanto. Uma questão de karma.

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